FORD:FORD FUSION 2.0 ECOBOOST.

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Com linhas inspiradas no Aston Martin,o Ford  Fusion dá um salto significativo e fica mais competitivo no nosso mercado.



A primeira geração do Fusion começou a ser vendida no Brasil em 2006. Custava pouco pelo porte, mas mesmo seus fãs nunca colocaram o design como um de seus pontos fortes. Anos depois, a partir do modelo 2010, uma maquiagem pesada garantiu fôlego extra ao sedã. Mas agora a história é outra. Nada de face-lift, o Fusion 2013 é, de fato, um carro novo. No conceito, na forma, no espírito e até na missão.

No mês anterior tivemos um primeiro contato com o modelo no México, agora pudemos fazer o teste na pista de Limeira. A versão avaliada é a top Titanium, com motor EcoBoost 2.0 GTDi, turbo, injeção direta de gasolina e comando variável de válvulas de admissão e escape. A Ford se apoia na eficiência desse motor (relação de quanto bebe pelo desempenho que proporciona) para justificar a troca do V6 3.0. Assim como a antiga versãoV6 (testada em maio de 2009), a Titanium tem tração nas quatro rodas, o que abre espaço para uma comparação imediata de resultados. O 2.0 GTDi deu um passeio no 3.0 no 0 a 100 km/h (7,4 ante 8,9 segundos) e em retomadas de velocidade (por exemplo, 60 a 100 km/h em 4,3 frente 5 segundos).Além de mais silencioso em todas as medições de ruído interno, o motor turbo bebeu menos gasolina na cidade (7,9 ante 7,4 km/l) e empatou no consumo rodoviário (11,1 km/l).

A antiga plataforma do Mazda 6 foi substituída pela CD3, desenvolvida para atender ao plano One Ford, que visa à criação de produtos globais. A mesma CD3 servirá de base para o novo Mondeo, que nada mais é que este Fusion 2013. Mas, se a base de Mazda é coisa do passado, o desenho da carroceria tem evidente inspiração nos cupês da Aston Martin. No interior, chama atenção o console central muito parecido com o dos Volvo. Mazda, Aston Martin e Volvo pertenceram à Ford até a década passada.

Por enquanto, só o Titanium está confirmado. "Haverá a pré-venda de novembro a fevereiro, quando começa a entrega. Mas já em dezembro entregaremos 400 carros de um lote especial", afirma Oswaldo Ramos, gerente de marketing da Ford. O aumento da família já está certo. "Em março chegam duas versões mais simples, ambas só com tração dianteira. Uma com o mesmo 2.0 GTDi e outra com um 2.5 flex aspirado parecido com o da Ranger", diz. O híbrido vem logo em seguida, em abril. Apenas o preço do Titanium foi divulgado: 112990 reais. Superior ao antigo V6 na pista, os Fusion 2.0 GTDi e híbrido devem continuar representando uma fatia muito pequena nas vendas do Fusion.

Quando a versão de entrada chegar, boa parte da tecnologia embarcada do Titanium ficará de fora. E a lista de itens a cortar é vasta. São de série: som de alta potência, teto solar, bancos de couro (o do motorista é elétrico e com memória), controles de tração e estabilidade, ABS e airbags frontais, laterais, de cabeça e de joelho. Acha pouco? Felizmente, a Ford também. Há um pacote tecnológico digno de carros de categorias superiores, com sistema de manutenção de faixa de rolamento (a direção vibra se o carro sair da faixa), alerta no caso de detecção de sonolência do motorista, piloto automático adaptativo (freia e retoma a velocidade de acordo com o veículo à frente), aviso de veículos em pontos cegos, alerta de fluxo cruzado (muito útil ao sair de ré de uma vaga de estacionamento de shopping, por exemplo) e sistema automático de baliza em vagas paralelas.

Mas seu refinamento não está "só" nos itens de série nem no bom acabamento da cabine ao estilo Volvo. Construtivamente, o sedã tem novidades, como a suspensão. "Para garantir suavidade, o conjunto dianteiro é montado num subchassi, que é fixado ao carro não por meio de parafusos, mas por coxins", diz Klauss Mello, gerente de engenharia da Ford. O uso na cidade revelou um Fusion mais direto na comunicação com o motorista. A suspensão tem ação progressiva: macia em ondulações e mais rígida no contorno de curvas longas. A direção com assistência elétrica repete a dose: suave nas manobras e firme e rápida em velocidades mais altas.


fonte: Quatro Rodas

TESTES:VOLKSWAGEN NOVO FUSCA , ELE VEM COM UM PROPOSITO REACENDER O BRILHO APAGADO DO ANTIGO CARISMATICO VELHO FUSCA.

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Diferente do antigo ele agora conta com um motor turbo TSI que entrega 200 CV de potencia.E agora conta com tração nas rodas dianteiras, antes nas rodas trazeiras (eu pessoalmente aprovo essa mudança, so apaixonado por carros com tração nas rodas dianteiras).
Teste: Volkswagen lança o novo Fusca com um nome a zelar


Estava na hora de atualizar o Beetle, um dos modelos mais bem sucedidos da Volkswagen nos últimos tempos. O carro, vendido no mundo inteiro com a alcunha “New” antes do nome, foi uma das grandes sacadas da marca no fim dos anos 1990 e um dos responsáveis pela leva de carros com estilo retrô que o sucederam. Mas a plataforma ainda era a da quarta geração do Golf – a vendida no Brasil até hoje –, que já estava bastante antiga. 

Para a nova geração, que passou a se chamar Fusca por aqui, a marca usou a base do Golf VI e aproveitou para dar ao modelo um caráter bem diferente do mais antigo Volkswagen. Ele levou mais a fundo a ideia de trazer para o século XXI detalhes e conceitos do “Fusquinha” original e, de quebra, ganhou uma veia bem mais esportiva. Por seguir um calendário diferente do restante da linha europeia, o Fusca deixou para depois a plataforma modular MQB, já presente na sétima geração do hatch médio alemão.

No Brasil, o Fusca será vendido somente com o conhecido motor 2.0 TSI turbo, calibrado para 200 cv e 28,6 kgfm de torque. Ele é suficiente para empurrar o “besouro” de zero a 100 km/h em 7,5 segundos e à velocidade máxima de 223 km/h. Acoplado a ele, uma transmissão manual ou outra automatizada de dupla embreagem, ambas de seis marchas. O trem de força é o mesmo já visto no utilitário Tiguan e em Passat e Jetta TSI. É um conjunto ainda recente e muito elogiado.




O visual, ponto marcante do Fusca contemporâneo, ganhou traços mais fortes e o perfil ficou mais agressivo. Na lateral, o teto perdeu o formato de arco do New Beetle e a área envidraçada é menor, tudo para deixar o carro mais baixo. Os dois metros de largura reforçam a impressão de “músculos” formados pelos arcos de roda pronunciados, característica do modelo. 

A linha de cintura está mais alta e os vidros laterais mais estreitos, além disso, as portas perderam as molduras. Atrás, o desenho das lanternas se integra ao corte da tampa do porta-malas e não seguiram a escola de traços retos usada em outros carros da Volkswagen. As duas saídas de escapamento dão o toque de esportividade. Visto de frente, o novo carro é até parecido com o New Beetle, mas os faróis são mais ovalados e contam com uma meia lua de leds diurnos.

No interior é visível a inspiração mais direta do Fusca original. O painel é mais recuado e traz inserções que podem ser na cor do carro ou em tonalidades escolhidas pelo dono. Há até um pequeno porta-luvas de abertura para cima, à frente do passageiro. As versões trazidas para o Brasil são bem completas. 

Itens como airbags frontais, laterais e de cabeça, controle de estabilidade ESP, sistema de som com tela sensível ao toque e comandos no volante, ar-condicionado e conjunto elétrico são de série. Ainda assim, a lista de opcionais inclui bancos em couro, sensores de estacionamento, teto solar panorâmico, rodas aro 18 – as de série são de 17 polegadas – e um sistema de som melhor, assinado pela fabricante de guitarras Fender. 



Todo esse conjunto não é barato. Se o New Beetle fez sucesso no Brasil muito em função dos preços ajustados – na casa dos R$ 60 mil –, os R$ 76.600 cobrados pelo Fusca “básico” com câmbio manual parecem um tanto altos. Ainda assim, ele oferece mais que o concorrente no segmento de “fun cars” Citroën DS3, que é menor e menos equipado, e custa R$ 79.990. Com câmbio DSG, o Fusca salta para R$ 80.990. Ainda assim, ele certamente não é o tipo de compra que se faz com muita preocupação sobre valores. O Fusca voltou atrás de quem busca esportividade, refinamento técnico e visual inspirado. Gente que, muitas vezes, nunca andou no Fusca original.



Onde nenhum Fusca jamais esteve:
Ainda que seja totalmente novo, as linhas curvas e muito simpáticas são bastante familiares a quem olha o Fusca pela primeira vez. É claro que a percepção da maior largura salta aos olhos e todo o perfil realmente está mais “másculo”, mas na prática, ele chama tanta atenção agora quanto seu antecessor, o New Beetle, chamava à época do lançamento. Os faróis redondos dominam a frente e possuem uma fileira curva de leds de iluminação diurna, num arranjo elegante.


Ao volante, a posição de dirigir é das melhores e permite que o motorista se ajeite mais próximo do chão, sem que seja um martírio ver o que se passa do lado de fora. Os comandos são comuns ao restante da linha Volkswagen e têm arrumação bastante lógica. Não se perde tempo procurando funções no computador de bordo ou para ajustar o som – o equipamento da Fender, opcional, é de excelente qualidade. 

No entanto, ainda que muito bem construído, o Fusca parece ter recebido menos atenção nos materiais usados na cabine do que outros Volks importados. O alto do painel e portas são revestidos em plástico rígido, áspero ao toque, que destoam da aura de sofisticação empregada não só pelo esmero na construção e refinamento técnico, quanto nos valores escritos no cheque de um futuro comprador. Ainda assim, o isolamento acústico é dos melhores e em velocidade de cruzeiro na casa dos 110 km/h, mal se ouve motor, vento ou qualquer outro ruído.

Mas uma vez em movimento, qualquer deslize do acabamento é esquecido logo na primeira acelerada. O 2.0 turbo tem força de sobra pra empurrar o Fusca sem nenhuma dificuldade. Muito bem casado com o câmbio automatizado de dupla embreagem DSG, o propulsor enche as seis marchas com torque farto e boa dose de diversão. Nem de longe lembra a calmaria do antigo New Beetle. 

É ele quem realmente forma o caráter do novo carro, definitivamente mais esportivo. As acelerações são vigorosas e é possível manter velocidades bem acima dos limites sem sinal de falta de fôlego. O Fusca segue plantado no chão e não flutua, mesmo andando bem rápido. Para completar, a Volkswagen ainda afinou o escapamento para produzir um som que, de alguma forma, lembra o dos antigos motores boxer do clássico besouro.



Ficha Técnica
Volkswagen Fusca 2.0 TSI
Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.984 cm³, quatro cilindros em linha, turbo, com quatro válvulas por cilindro e comando duplo de válvulas no cabeçote. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automatizado de dupla embreagem com seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 200 cv a 5.100 rpm.
Aceleração: 0-100 km/h: 7,5 s.
Velocidade máxima: 223 km/h.
Torque máximo: 28,5 kgfm entre 1.700 e 4 mil rpm.
Diâmetro e curso: 82,5 mm x 92,8 mm. Taxa de compressão: 9,6:1.
Suspensão:Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira do tipo Multilink, com molas helicoidais e amortecedores telescópicos hidráulicos. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 215/55 R17.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. 
Carroceria: Cupê em monobloco com duas portas e quatro lugares. Com 4,27 metros de comprimento, 2,02 m de largura, 1,48 m de altura e 2,53 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cabeça.
Peso: 1.364 kg em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 310 litros.
Tanque de combustível: 55 litros.
Produção: Puebla, México.
Lançamento mundial: 2012.
Itens de série: Acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, bancos com ajustes elétricos, apoios de cabeça com sistema anti-ricochete, ar-condicionado automático, ABS, EBD, BAS, sistema detector de fadiga, bancos com aquecimento, rádio/CD/MP3/Bluetooth, coluna de direção ajustável eletricamente, cruise control, luzes de led, controle de establidade e de tração, trio elétrico, airbags frontais, laterais e de cabeça.
Preço: R$ 80.990. 

Opinião-Atoniel Mendonça-Fanaticos Por Carros. 

O preço é salgado , com um valor de R$ 80.990 eu compraria um Corolla e não um Fusca. Mesmo tendo todos esse itens de serié e um motor turbo de 200 CV que é bastante empolgante  ele continua sendo um Fusca.  

Testes: A Quatro Rodas testou o Toyota Etios e o resultado você confere abaixo.

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Em versões hatch e sedã e motores 1.3 e 1.5, ele é a porta de entrada da Toyota no segmento dos pequenos.



A Toyota acalentava a ideia de ter um compacto no Brasil, condição para alavancar o volume de carros comercializados, desde o fim dos anos 90. Eis que agora, finalmente, chega o Etios, um modelo talhado para prencher a lacuna de então. A questão que chega a reboque é se durante a longuíssima gestação sua concepção teria acompanhado os anseios de um mercado em plena transformação, como é o caso do nosso. 

Ele traz como proposta ser um veículo para mercados emergentes, perfil que o Brasil, o quarto maior mercado do planeta, está deixando para trás. Fábricas que estão chegando agora ou renovando sua linha estão aproximando sua oferta das opções que possuem nos países desenvolvidos. O caso mais emblemático é o da Hyundai com o HB20, um compacto que traz o que há de mais novo no segmento. Mas há também os exemplos da Ford, com New Fiesta e EcoSport, da Peugeot, com o 208, e de sua conterrânea Citroën, com o C3.

A própria Toyota já deu sinais de ter entendido essa nova realidade ao reavaliar o posicionamento do carro no lançamento. Há três meses, quando fez a avant-première do Etios no Japão, a empresa falava em ter preços competitivos. Mas sem fazer concessões ao mercado. Ainda sem valores definidos, executivos estimavam preços a partir de 35 000 reais. O carro apresentado na ocasião vinha com duplo airbag, ABS, ar-condicionado, CD player e vidros e travas elétricos como itens de série. No lançamento, no fim do mês passado, porém, o preço anunciado para a versão de entrada foi de 29990 reais, tendo como destaque, em termos de equipamento, airbags frontais, porta-luvas ventilado e alertas para afivelamento do cinto de segurança e abertura das portas.

O Etios, oferecido nas versões hatch e sedã, tem duas opções de motor flex, 1.3 16V e 1.5 16V, com câmbio manual (pelo menos, por enquanto) e sem refinamentos como comandos variáveis e suspensões independentes nas quatro rodas. Entre os pacotes de equipamento há quatro níveis para o hatch (Etios, X, XS e XLS) e três para o sedã (X, XS e XLS). Recursos como ABS e direção elétrica só estão disponíveis a partir do nível X, no qual ar-condicionado ainda é opcional. O pacote XLS (apenas nas versões 1.5) acrescenta rodas de liga leve, faróis de neblina, chave com controle remoto, alarme, desembaçador traseiro, sistema de som e vidros, travas e abertura do porta-malas elétricos.

Se optasse por oferecer um produto da mesma categoria que as rivais mencionadas anteriormente, a Toyota poderia lançar aqui o compacto Yaris, um modelo que, apesar de ser um veículo de entrada nos mercados desenvolvidos, conta com suspensão independente e freios a disco nas quatro rodas, motor VVTi (com comando de válvulas variável), câmbio automático e diferenciais como sensores de pressão nos pneus, sistema de fixação de cadeirinhas de bebê, cintos de segurança de três pontos para todos ocupantes, ESP e nove airbags de série, desde a versão mais barata.

No que diz respeito aos preços anunciados, no entanto, pode-se dizer que o Etios é uma opção competitiva. Entre os hatches equipados com motores acima de 1.0, apenas o Fiat Uno 1.4 Economy custa menos que os 29990 reais cobrados pela Toyota pelo Etios 1.3. O Fiat sai por 28 180 reais. E, entre os sedãs, o Etios 1.5 X (36 190 reais) tem preço intermediário ao de rivais como Chevrolet Cobalt 1.4 LS (37 759 reais) e NissanVersa S (33 490 reais), em versões básicas.

É bonito ser feio?

 Se a lista mais anêmica de equipamentos e recursos pode ser justificada pelo custo, mais difícil é explicar a diferença de estilos. Compare o Etios com o Yaris. O Yaris é bem mais bonito, elegante, discreto. Será que o custo de produção de um carro bonito é mais caro? Depende. Às vezes sim. Mas não se pode dizer que, no caso do Etios, o estilo foi ditado pelo departamento financeiro: ele não economiza vincos na carroceria, vidros curvos e outros recursos estéticos que exigem algum desprendimento no orçamento. Justiça seja feita, o Etios não está sozinho no bloco dos visualmente menos dotados voltados para os mercados emergentes.

Por outro lado, ao volante, o Toyota nos surpreendeu positivamente. O Etios se revelou um carro bem acertado, com sua direção leve, mas rápida e precisa, e a suspensão com uma calibragem equilibrada, que concilia dirigibilidade e conforto. Sua carroceria firme contribuiu para a sensação de bem-estar a bordo, seja pela estabilidade nas manobras, seja pelo baixo nível de ruído. Na pista de testes, o Etios hatch 1.3 acelerou de 0 a 100 km/h em 12,8 segundos, com as médias de consumo de 8,7 km/l na cidade e 11,2 km/l na estrada. Comparando com o principal rival, o VW Gol 1.0, ele foi mais rápido e manteve equilíbrio no consumo. O VW fez de 0 a 100 km/h em 16,6 segundos e ficou com as médias de 8,2 km/l no ciclo urbano e 12,6 km/l no rodoviário. O HB20 foi avaliado nesta edição, mas as condições do teste não seguiram os padrões de QUATRO RODAS.

Internamente, a cabine acomoda bem quatro adultos. O espaço é o mesmo nas duas carrocerias, apenas a capacidade do porta-malas é diferente. No hatch cabem 270 litros e no sedã, 562 litros. O acabamento tem altos e baixos. A parte horizontal do painel, que abriga o console central, as saídas de ventilação e a tampa do porta-luvas, é de boa qualidade, com o mesmo material, cor, textura e grafismo do Toyota Corolla. Os problemas começam na seção superior, onde o revestimento é de menor qualidade. O velocímetro e o conta-giros são formados por um visor de plástico com as escalas pintadas e os ponteiros correndo por trás, em um espaço vazio (que parece ainda mais oco quando a luz entra e bate no fundo). Além disso, durante o teste, os instrumentos mostraram-se imprecisos, com erros de até 10% no velocímetro.

Abaixo dos mostradores há um compartimento para as luzes-espia e o hodômetro digital de difícil leitura por causa do reduzido tamanho e do ofuscamento pela luz ambiente. As laterais das portas são bem-acabadas. As colunas têm revestimento e o material do teto é de boa qualidade. Mas o tecido dos bancos é simples. Entre os recursos a bordo, aprovamos o volante com regulagem de altura, a saída de ventilação dentro do porta-luvas, os espelhos embutidos nos dois para-sóis e os 17 porta-objetos. Mas, em contrapartida, reprovamos os cintos de segurança sem ajuste de altura.

Pós-venda ampliado:

A Toyota aposta muito na justificada boa fama de seu pós-venda para o sucesso do Etios. Levando em conta que a partir de agora suas concessionárias terão um fluxo maior de clientes - o que poderia prejudicar a qualidade do atendimento -, a Toyota empreendeu um projeto com a rede que aumentou em 52% o número de boxes de trabalho nas oficinas, 37% o quadro de técnicos e 64% o de consultores de serviços. O crescimento ocorreu basicamente com as concessionárias já existentes. No período, surgiram apenas dez revendas, totalizando 132. Além disso, a marca ampliou as garantias para o consumidor, inaugurando um plano de revisões com preços fixos e criando kits de manutenção contendo as peças de troca mais frequentes e a mão de obra necessária para a substituição com valores predeterminados. A garantia de fábrica é de três anos.

Atualmente, a Toyota é a oitava marca do país, respondendo por 2,7% do mercado de automóveis e comerciais leves. Com o Etios, em 2013, ela espera alcançar 4% de participação - a fábrica de Sorocaba (SP) tem capacidade para produzir 70000 unidades/ano - e, até 2020, quer chegar a 10%. Para isso, a marca terá de ampliar sua linha e entrar em outros segmentos, em ritmo mais acelerado do que o que embalou o Etios. Cabe a ele abrir novos caminhos. Como seu avô, o jipe Toyota Bandeirante, que migrou para cá no fim dos anos 50.


Veredito:
DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO

A direção é rápidae precisa. os freios funcionam bem e a suspensão é competente.


MOTOR E CÂMBIO

O conjunto mecânico foi bem desenvolvido para o carro, que apresentou rendimento satisfatório.


CARROCERIA

A montagem é bem- feita, mas há materiais que parecem ter qualidade inferior. O estilo não empolga.


VIDA A BORDO

O carro é agradável de dirigir, tem espaço para quatro, mas peca em pontos comoos instrumentos, difíceis de visualizar.


SEGURANÇA

Tem duplo airbag,na versão básica, e AbS, a partir do pacote X. Mas os cintos não contam com ajustede altura.


SEU BOLSO

Com três anosde garantia, preços competitivos e pós- venda que promete fazer a diferença, o Etios deve ser uma boa compra racional.


O Etios não seduz pelo estilo. Masé uma opção interessante para quem faz escolhas racionais. Ele tem três anos de garantia e herda a boa reputação da Toyota em robustez, qualidade técnica e serviços pós-venda.


Veja o desempenho do Toyota Etios:




Veja a ficha Tecnica do Toyota Etios:



fonte: Quatro Rodas

Hyundai HB-20: Um dos carros mais esperados pelos brasileiros testado pela maior revista automotiva do brasil a Quatro Rodas!

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confira o teste do Hyundai HB-20.Com versões 1.0 e 1.6 manual e automática, o novo compacto parte para cima do Gol.



Quanto custa? O que vem nele? O acabamento é bom? Anda bem? Vai ser caro de manter? Todo carro que chega ao mercado é sempre cercado das mesmas perguntas, mas com o Hyundai HB20 a expectativa das respostas era especialmente mais elevada. Ao se tornar a marca-símbolo do arrojo em termos de design no mundo, ao lado da irmã Kia, a Hyundai tornou-se uma espécie de fabricante de sonhos de consumo sobre rodas. E com o HB20 não é diferente.

O modelo inaugura a fábrica construída pela gigante coreana em Piracicaba, no interior de São Paulo. Instalações que custaram 600 milhões de dólares. Uma pechincha perto do que foi investido para a criação do novo Azera - mais de 1 bilhão de dólares, segundo a própria Hyundai. O hatch de linhas tão sinuosas quanto as dos últimos lançamentos da marca, como o bilionário Azera e o Elantra, também serve como um termômetro da importância do mercado brasileiro. Em vez de simplesmente produzir aqui o compacto i20, a Hyundai optou por desenvolver um produto específico para o brasileiro, montado sobre a plataforma que servirá de base para a próxima geração do i20. Então, ao menos em tese, o HB20, por enquanto, é estruturalmente mais evoluído que o irmão vendido na Europa.

Com 3,90 metros, o Hyundai empata com o Gol em comprimento. Eles também são equivalentes em largura (1,68 ante 1,66 metro) e altura (1,47 contra 1,46 metro). Essa similaridade de proporções com o Volkswagen não é gratuita: a Hyundai nunca escondeu que o Projeto HB seria um anti-Gol. Mas é bom que a concorrência se prepare, pois a primeira impressão deixada pelo HB é empolgante, permitindo ao compacto encarar inclusive rivais de categoria superior, como Sonic, New Fiesta e C3.


 E, se briga com carros do andar de cima, nada mais natural que dar um passeio nos concorrentes diretos - mas isso é assunto para um comparativo futuro, uma vez que a marca não liberou a entrada de modelos concorrentes na fábrica de Piracicaba, onde fizemos os testes para obtenção de números provisórios de desempenho, ruído e consumo. As três versões avaliadas (1.0, 1.6 e 1.6 automática) serão testadas novamente em nosso campo de provas, em Limeira, tão logo sejam cedidas pela Hyundai. Ainda que extraoficiais, os números são animadores.

Os motores são modernos, com bloco e cabeçote de alumínio e duplo comando no variador de fase nas válvulas de admissão. Tanto o 1.0 como o 1.6 são flexíveis e, apesar do frescor do projeto, trazem o tanquinho de partida a frio. Ambos fizeram bonito na pista da Hyundai, os 1.6 especialmente.


 O com câmbio manual, por exemplo, acelerou de 0 a 100 km/h em 10 segun- dos cravados e consumiu, com etanol, 7,4 km/l na cidade e 11,4 km/l na estrada. Para efeito de comparação com a concorrência, o Gol 1.6 2013 cumpriu as mesmas provas com 11,3 segundos e 7,6 e 10,3 km/l. As duas transmissões, manual de cinco marchas e automática de quatro, mostraram-se adequadas ao peso do HB, 953 kg o 1.0, 1000 kg o 1.6 manual e 1 027 kg o 1.6 automático.

A suspensão, diferentemente da do Gol, tem acerto suave, mais voltada para o conforto. Incomoda um pouco o curso curto dos amortecedores, que "dão batente" com certa facilidade ao passar com mais velocidade sobre pisos irregulares.

Cardápio com nove opções:


Ao todo, o HB20 hatch - sedã e hatch aventureiro serão mostrados no Salão doAutomóvel de São Paulo e lançados até março de 2013 - terá nove combinações possíveis de equipamentos, como mostra o quadro da página 63. Os preços do 1.0 variam de 31995 reais (Comfort) a 37995 reais (Comfort Style), enquanto o 1.6 vai de 36995 reais (Comfort manual) a 47 995 reais (1.6 Premium automática).

O HB é um carro bem equipado de série, mas uma análise mais atenta revela alguns deslizes. Ar-condicionado, air-bag duplo, computador de bordo, limpador do vidro traseiro e direção hidráulica são de série desde a versão de entrada. No caso do 1.0, o sistema ABS só está disponível a partir do segundo pacote de opcionais (Comfort Style), que exige um investimento extra de 6000 reais - no 1.6 de entrada (Comfort), o ABS é de série.

De acordo com a Hyundai, as vendas do HB20 têm início na segunda semana de outubro. "Com muitas vantagens inéditas para o consumidor", ressalta Rodolfo Stopa, gerente de marketing da marca. Além da garantia de cinco anos, o HB20 chega com preços especiais de seguro: 1 300 reais o 1.0 e 1 600 reais o 1.6, independentemente da versão, do perfil do segurado e do CEP do local onde o carro irá rodar a maior parte do tempo. 


O HB será vendido em concessionárias dedicadas exclusivamente a ele, com visual próprio e farta exposição de material de divulgação da lista de preços de revisões (as duas primeiras terão mão de obra gratuita), peças e substituição dos principais itens de desgaste natural, como disco e pastilha de freio e embreagem. Infelizmente, a marca não divulgou os valores de revisões e peças nem enviou um carro para que o Cesvi pudesse determinar o índice de reparabilidade.

Equipamentos do HB20:

1.0


Comfort - R$ 31.995
ar-condic., dir. hidr., airbag duplo, comp. de bordo, limp. do vidro tras.

Comfort Plus - R$ 33.995
Comfort + chave-canivete, travas e vidros elétricos, alarme, desemb. do vidro tras., tecido nas portas

Comfort Style - R$ 37.995
Comfort Plus + rodas de liga leve aro 14, retrov. elétricos compisca incorporado, faróis de neblina, volante com ajuste de altura e prof., ABS e som com CD, MP3, USB, iPod e teclas no volante

1.6

Comfort - R$ 36.995

ar-condic., dir. hidr., airbag duplo, comp. de bordo, limp. do vidro tras., ABS, retrov. da cor do carro

Confort Plus - R$ 38.995
Comfort + chave-canivete, travas e vidros elétricos, alarme, desemb. do vidro tras., tecido nas portas

Comfort Style - R$ 42.995
Comfort Plus + rodas de liga leve aro 14, retrov. elétricos com pisca incorporado, faróis de neblina, volante com ajuste de altura e prof. e som com CD, MP3, USB, iPod e teclas no volante

Comfort Style AT - R$ 45.995

Comfort Style + câmbio aut. e apoio de braço no banco do mot.

Premium - R$ 44.995
Comfort Style + rodas de liga leve aro 15, volante e câmbio de couro, faróis com acion. aut., sensorde estac., banco tras. bipartido

Premium AT - R$ 47.995
Premium + câmbio aut. e apoio de braço no banco do mot.

O sistema de som com CD, MP3, iPod, USB e comandos no volante está disponível como opcional livre (por 995 reais) nas versões Comfort e Comfort Plus dos HB20 1.0 e 1.6.


confira abaixo o desempenho do Hyundai HB-20:



Veja abaixo a ficha tecnica do Hyundai HB-20:


Veredicto:

O ABS poderia ser de série desde a versão 1.0, mas a Hyundai optou por esperar pela sua obrigatoriedade, a partir de 2014. As versões 1.6, bem-equipadas, valentes e econômicas na pista, se mostram asde melhor custo-benefício.


fonte: Quatro Rodas

Teste:Renault Sandero 1.6 Hi-Power

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Renault aumenta a potência e rebatiza o seu motor 1.6!



Após cinco anos no Brasil, o Sandero tornou-se comum em nosso trânsito. Ele passou por uma atualização de estilo e teve adaptações ao gosto local. Os comandos dos vidros migraram para as portas e a Renault finalmente desistiu da ideia de vender o motor 1.6 com opções de oito ou 16 válvulas.

Neste mês, o hatch chega com novas surpresas. O motor enfrentou uma cirurgia para soar melhor na ficha técnica. Com leve aumento no torque, o Renault projetado no Leste Europeu ficou ainda mais "abrasileirado". A expressão sugere que temos uma predileção por mais torque em baixas rotações, segundo pesquisas das montadoras. Como resultado, cerca de 85% da força máxima estão disponíveis a partir dos 1 500 giros.

A potência aumentou para 106 e 98 cv, com etanol e gasolina, frente aos 95/92 cv de até então. O torque subiu de 14,1/13,7 mkgf, usando os mesmos combustíveis, para 15,5/14,5 mkgf.

A revisão da engenharia aumentou a taxa de compressão de 9,5:1 para 12:1 e modificou alguns componentes. As bielas e os pistões foram trocados por metais mais leves e a junta do cabeçote teve de ser substituída para suportar a pressão maior dentro do bloco.

O trabalho da engenharia apareceu nos números. Em nossos testes de retomada e aceleração, os tempos foram reduzidos. Em quarta marcha, o Sandero precisou de 10,9 segundos para ir de 60 a 100 km/h. A marca anterior era de 12,2. De 80 a 120 km/h, foram 18,7 segundos ante 22,1 registrados em 2009.

Os freios também se mostraram mais eficientes na linha 2013. Parar totalmente a partir dos 120 km/h exigiu 66,2 metros, 10,1 metros a menos que o modelo 2010. Nos três testes as distâncias de parada foram reduzidas.

O Sandero ainda tem chão pela frente. Continua ruidoso em qualquer rotação, falta esmero no acabamento e suavidade no câmbio. São avanços que podem estar reservados para uma renovação mais profunda, o que não deve ocorrer em menos de dois anos.


fonte: Quatro Rodas

Teste: quem se sai melhor o EcoSport 1.6 x EcoSport 2.0?

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Versão FreeStyle 1.6 ou 2.0? Na pista, um tira teima revela qual versão é a melhor opção de compra!!



A diferença de preço entre as versões com motor 1.6 e 2.0 será de apenas 2 500 reais. Idênticos na forma e no conteúdo, os dois Eco FreeStyle foram convocados para um tira-teima em nossa pista.Valeu a correria às vésperas do fechamento da edição: saímos do campo de provas com a resposta na ponta da língua - só não vou contar agora para não estragar a surpresa.

Na edição anterior, avaliamos o Eco 1.6, mas decidimos refazer todas as medições para garantir a igualdade de condições. Em nome da simulação da vida real, completamos o teste com uma bateria completa com os dois modelos lastreados. Além do piloto, carregamos os Eco com 350 kg, simulando quatro convidados e bagagem - os sacos de areia foram distribuídos na cabine e no porta-malas e os pneus, recalibrados de acordo com a recomendação da Ford. Para evitar diferenças de desempenho por causa do combustível, o tanque de ambos foi esgotado e completado com etanol no mesmo posto.

Dependendo da condição de uso, um carro com motor maior pode se revelar uma compra mais racional, pois o motorista pisa menos no acelerador. É o que acontece, por exemplo, com quem costuma rodar muito em estrada ou andar boa parte do tempo com a família a bordo.

Na prova de aceleração, deu a lógica: o 2.0 foi melhor tanto vazio quanto carregado. Na média, o 2.0 registrou tempos 11% melhores no 0 a 100 km/h, mas o piloto vê a vantagem diminuir se continuar de pé embaixo. No teste de 0 a 1 000 metros, essa superioridade cai para 4,5%.

Menos é mais 


As surpresas surgem na análise dos números de retomada. Por padrão, realizamos duas passagens de cada uma das três medições (40 a 80 km/h em terceira marcha, 60 a 100 em quarta e 80 a 120 em quinta). O esperado seria ver o Eco com Duratec 2.0 de 147/141 cv ganhar velocidade mais rapidamente que o movido pelo Sigma 1.6 de 115/110 cv. Contudo, apenas a prova feita em terceira marcha confirmou a teoria, mas foi por muito pouco: o Eco de 2 litros andou na frente do 1,6 com uma diferença de 1 décimo de segundo (vazio) a 4 décimos (lastreado). Nas demais provas, o 1.6 surpreendeu com uma ampla vantagem sobre o 2.0, sobretudo na de 60 a 100 km/h, sem lastro: 11,1 ante 12,7 segundos, uma marca 14,4% melhor.

A prova derradeira da superioridade da versão mais em conta do EcoSport FreeStyle veio nos testes de consumo de combustível. Como era possível antecipar, o 2.0 sente menos ao rodar carregado. Na simulação de um trajeto urbano, o consumo se elevou em 3% em relação ao "descarregado" - 2,3% no rodoviário. O dono de um Eco 1.6 verá seu carro beber 11,6% mais quando transportar a família dentro da cidade e 2,9% ao cair na estrada.

A análise dos testes de consumo também permite estabelecer um confronto direto do 1.6 contra o 2.0. Na condição "sem carga", o 2.0 consumiu 22,1% mais etanol que o 1.6 na cidade (6,7 ante 8,6 km/l) e 15,4% na estrada (8,8 ante 10,4 km/l). Carregado, o 2.0 até consegue diminuir a desvantagem em relação ao 1.6, mas com uma elevação de consumo ainda assim considerável, de 14,5% na cidade e 14,9% na estrada.

Os testes de frenagem também colocaram o 1.6 em vantagem diante do 2.0. Com sistemas de freio rigorosamente iguais, a explicação só pode estar em dois pontos: nos 32 kg extras do modelo mais caro ou em sua menor quilometragem - ele chegou à pista tendo rodado apenas 370 km, enquanto o 1.6 se apresentou para o teste menos "verde", com a marca de 9 500 km no hodômetro.

Ladeira acima 


O dia a dia ao volante revela uma fiel tradução do que se viu na pista. Em ladeiras íngremes, com ar-condicionado ligado, o Eco 1.6 pode até causar a impressão de falta de fôlego, mas o 2.0, apesar de mostrar mais pique, também passa longe de ser um atleta com preparo para encarar qualquer escalada. Definitivamente, só vale o investimento de 2500 reais extras para quem faz questão de arrancadas mais vigorosas, ainda que isso leve a paradas constantes para abastecer o tanque de combustível.

Bem-acabado, o novo EcoSport FreeStyle busca justificar o preço elevado (59 990 reais o 1.6 16V e 62 490 reais o 2.0 16V) com um pacote de equipamentos de encher os olhos. Entre os itens de segurança destacam-se ABS, airbag duplo, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em ladeira e posição central do banco traseiro com encosto de cabeça e cinto de três pontos. Ar-condicionado, direção com assistência elétrica, som (com viva-voz de celular Bluetooth, entradas auxiliares e acionamento por voz), travas, vidros e retrovisores com acionamento elétrico e volante com ajuste de altura e profundidade garantem o conforto. Pinturas especiais (metálica e perolizada) e um pacote com revestimento interno de couro e airbags laterais e do tipo cortina (de 3700 reais) são os únicos opcionais da FreeStyle.

Mas, se os materiais da cabine são de boa qualidade, a montagem da carroceria ainda precisa ser aprimorada. Entre modelos cedidos para fotos e testes, já tive contato com seis unidades do Eco 2013 e todas apresentavam severo desalinhamento da tampa do porta-malas e peso excessivo do movimento inicial das portas dianteiras, que não raramente escapavam da mão ao ser abertas. Apesar de a Ford deixar claro que os modelos ainda são pré-série, vale ficar de olho na qualidade das primeiras fornadas de Eco a ganhar as ruas.

As vendas iniciam em setembro, quando começam a ser entregues as 2 500 unidades comercializadas no período de pré-venda, em julho.


VEREDICTO

Os números obtidos na pista não deixam dúvida: a menos que você faça muita questão de acelerações mais vigorosas, o motor 1.6 é a opção mais racional para empurrar o Eco FreeStyle. O modelo ficou mais caro numa comparação com a geração anterior, mas a evolução de qualidade e conteúdo é inegável.




DESEMPENHO

fonte: Quatro Rodas

TESTE: HYUNDAI IX35 SÓ QUE AGORA COM MOTOR FLEX!!

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A Hyundai finalmente adere à fórmula do etanol, já 

tava na hora ne!!!

Hyundai ix35 flex

Tentativa 1: Pode não parecer, mas faz dois anos que o ix35 foi lançado. E posso admitir agora que sempre achei que o design de linhas fluidas iria me cansar depois de algum tempo de convivência. Utilitários esportivos, para mim, são como carros... (Não, muito pessoal).
Tentativa 2: Chega às lojas de todo o Brasil a versão flex do utilitário esportivo Hyundai ix35. O modelo agora rende 178 cv com etanol (169 cv na gasolina), contra os 166 cv do motor 2.0 movido somente a gasolina. Esse ganho de potência é o mesmo alcançado no Kia Sportage... (Peralá: estou escrevendo para a C/D!).
Tentativa 3: Trovões no céu escuro. A estrada brilhante vai se estreitando à frente, enquanto os 178 cv do novo Hyundai ix 35 flex me empurram aos 100 km/h em 11,9 s, pressionando levemente minhas costas sobre...  (Humm, bateu na trave...).
Hyundai ix35 flex

Três tentativas, alguns dias de convivência com o carro, e ainda assim não consegui encontrar uma abordagem para falar sobre o ix35. Você já conhece a figura, já estacionou do lado de um e é provável que alguém muito próximo de você tenha ou queira ter um carro desses. É novo, mas a principal mudança não é visível: por fora, tudo igual; por dentro, também. A diferença está no motor – ele é o primeiro Hyundai importado que trabalha com gasolina e etanol. Dia frio, primeira partida do dia e nenhum sinal de oscilação na rotação do motor. A engenharia coreana fez a lição de casa como se deve: decorou a composição química do etanol (CH3 CH2 OH), avaliou as reações do composto no organismo do motor e, por fim, adotou a mesma fórmula flex aplicada ao Kia Sportage. 
A receita também trouxe 12 perceptíveis cv extras ao motor 2.0 16V, o mesmo ganho de potência divulgado pela Kia no Sportage (que divide com o ix a plataforma e a motorização). Nos testes, o ix35 com etanol comum no tanque (que manteve a capacidade de 58 litros) acelerou de 0 a 100 km/h em 11,9 s e cruzou os 1.000 m a 160 km/h. O melhor é que, em velocidades altas, a sensação de segurança é grande.
Hyundai ix35 flex

Na medição de consumo, conseguimos a razoável média de 7 km/l.  Um valor compatível com um utilitário que pesa 1.403 kg. E nem parece que pesa tanto. O ix35 é um cara ágil. O câmbio automático de seis marchas tem bom escalonamento e faz trocas eficientes. Para ser melhor, poderia ser mais rápida nas reduções. O acerto de suspensão também agrada: permite que o Hyundai ignore pisos ondulados sem transformar a condução no ato de manejar um barco na tormenta.
No interior, as peças macias e bem elaboradas trazem aconchego. Na versão testada, o banco do motorista traz regulagens elétricas e o painel ganha tela de 7 polegadas touchscreen, que comanda o sistema multimídia e o navegador.
De novidade, há o controle de frenagem em descidas, que regula a velocidade em declives, e o câmbio manual de seis marchas, para a versão básica. Os preços começam em R$ 88 mil para a versão com câmbio manual e R$ 93 mil para a automática. A que avaliamos, com navegador, câmera de ré e sem teto solar, custa R$ 107 mil. Um ix35 flex mais completo, ainda sem preço definido, está a caminho.

TESTE: O NOVO VW GOL ENTRA EM CAMPO!

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O campeão brasileiro em vendas se reforça para o campeonato!

VW Gol

Tem time sem craque que ganha campeonato, mas os que têm grandes jogadores costumam se dar melhor, tanto no campo quanto nas mesas de apostas. O problema de quem come a bola é estar sempre sob marcação cerrada. Quem deixa o craque adversário solto pede para perder. 

E é por isso que toda fabricante aspirante a líder tem um concorrente para o Gol, o carro mais vendido do País há 25 anos. Quem não tem já prepara o seu. E vem zagueiro de talento por aí: Chevrolet Onix, novo Ford Ka, Toyota Etios, Honda Brio e Hyundai HB, só para citar a turma da primeira divisão. Não é à toa que a VW ensinou ao seu craque novas formas de fugir da marcação.

A mais evidente foi no vestuário, com tecidos repelentes de adversários. A nova camisa é a mesma que a família toda já adotou, mas com estilo próprio. A avó Kombi e a irmã Saveiro, por exemplo, ficaram de fora (uma, por amor às tradições; a outra, por rebeldia adolescente). 

Mal comparando, é como o topete de Ronaldo na Copa de 2002, só que dá para olhar sem rir. Ele desvia a atenção dos adversários e torna mais fácil o caminho ao gol. O escudo da Volks agora vem em uma grade de aletas pretas, com faróis hexagonais e o que a marca chama de reverse angle, ou ângulo reverso. É o cantinho inferior destacado. Um drible no desenho antigo.

VW Gol

Na parte de trás da camisa do craque, novos vincos na tampa traseira criam uma espécie de faixa para unir as lanternas, como o nome entre os ombros do jogador. Limpador e desembaçador do vidro traseiro agora são de série, assim como vidros elétricos dianteiros, palhetas flatblade (sem estrutura aparente), travas elétricas, cintos retráteis nas laterais do banco traseiro, conta-giros e abertura interna do porta-malas. 

Em outras palavras, camisa tipo Dry Fit de desenho bonito e recheada de patrocinadores. Pena foi a adoção de travas elétricas ter eliminado os pinos de travamento das portas e tapado os buracos com capas plásticas. Não há nada que possa substituí-los, como maçanetas que também servissem para travar as portas manualmente. É o que dissemos: a camisa é bela, mas esqueceram de pregar os botões do colarinho. No lugar deles, colaram adesivos para tapar as casas vazias. Se um fusível queimar...

VW Gol

Alguns craques também foram conhecidos por abusar da cana, apesar de sua genialidade, mas este não é o caso do Gol. Ele é atleta de Cristo: fica longe da balada e não bebe nem socialmente. O campeão já era assim, mas a VW o levou a novos caminhos com a BlueMotion Technology. Sob sua proteção, o hatch gasta até 8% a menos do que antes, mas com o mesmo rendimento em campo e uma autonomia significativamente melhor. Se tiver prorrogação, este cara aguenta.
O pacote é composto, primeiro, por pneus com baixa resistência ao atrito. Eles são equivalentes a chuteiras de kevlar com desenho matador para chutar a bola com carinho e precisão. Além deles, o carro traz o Eco Comfort, uma espécie de conselheiro em tempo real. Seria como se o jogador pudesse usar um ponto eletrônico para fazer o que o “professor” mandar. Como o futebol não permite isso, imagine um técnico telepata.
Mas o que torna o pacote BlueMotion Technology eficiente mesmo é o novo motor 1.0 TEC (Tecnologia para Economia de Combustível). Ele substitui o VHT (Very High Torque) e mantém seu bom desempenho, mas responde sozinho por até 4% a mais de economia. A mágica foi feita com uma preparação física pesada: novos coletor de admissão (mais livre), perfil de comando de válvulas (para mais torque em baixas rotações), central de controle da injeção, bicos injetores e um sistema de partida a frio que atua também na fase fria do motor, o aquecimento.
VW Gol

De uniforme novo e bem preparado fisicamente, o novo Gol entra em campo com as mesmas qualidades que sempre exibiu. Excelente posição de dirigir é uma delas, melhorada pela regulagem de altura do banco de série e pelo ajuste de volante em distância e altura, um opcional que nenhum de seus concorrentes oferece. É o ambidestro que chuta bem com qualquer uma das pernas.

A outra é sua capacidade de fintar as curvas. O carro não faz corpo mole e encara transições, lombadas e valetas com firmeza, transmitindo segurança ao time que tiver de transportar. Jogo aéreo não é sua praia: isso ele deixa para o Fox. A curva até pode fazer marcação forte e fechar de repente em cima dele. Não tem perigo: o Gol tem jogo de cintura, mas não rebola, como alguns de seus adversários. Cavalheiro, ele não comenta as preferências de ninguém.
Se o acabamento agrada, a versão 1.0 mostrou falta de cuidado com a construção. Um ruído chato de vento surgiu acima dos 80 km/h, o que mostra problemas na vedação. Os 1.6, por sinal, escaparam deste problema.
Se receber um lançamento, o Gol 1.0 ainda vai sofrer na hora da arrancada, mas não por excesso de peso. Será por falta de fôlego, mesmo. O fato é que ele abusou da janta: em vez de encarar um etanolzinho leve, enfiou o pneu na jaca e se encheu de gasolina. Resultado: perdeu até do Uno 1.0 Vivace. Prometemos mais uma chance a ele, mas o Gol 1.0 é jogador fundista, não de velocidade. Se a partida for profissional, é melhor convocar a versão 1.6. Pesando prós e contras, ainda dá para dizer que o Gol 2013 deve continuar a bater um bolão. Pode até inspirar muitos caras a mudar de time.
VW Gol




TESTES: FIAT 500 X KIA PICANTO - A BRIGA DOS MINICARROS

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Novo Picanto e o renovado 500 estão ainda mais completos e estilosos. E bonitos para o seu bolso!

Comparativo 500 x Picanto
Até pouco tempo, ter um carro com personalidade era tão difícil quanto conseguir aumento. Faltava oferta, sobrava preço. Imagine você, com dois filhos adolescentes, chegando em casa com um minicarro de R$ 70 mil? Explicar para a patroa que preferiu ele a um, digamos, sedã médio? Logo, essa turma virou opção para gente descolada e cheia da grana. Um volume proporcional ao entre-eixos. 

Isso está mudando, como provam o novo Kia Picanto e o renovado Fiat 500. As semelhanças vão além das medidas. São charmosos, recheados, com motores flex e o principal, agora estão racionais. Pegue a calculadora: o Fiat 500, importado por independentes, chegava a cerca de R$ 100 mil. Trazido pela Fiat, caiu para R$ 60 mil. Agora, fabricado no México (ou seja, não paga mais imposto de importação) e com motor 1.4 Evo (o mesmo do Uno), custa R$ 40 mil.
O Picanto ganhou pontos sob outra ótica. Era completo e tinha um preço atraente pelo pacote. Mas seu design não era... Bem, não era. E seu acabamento pecava no requinte. Fora que o Kia era menor que lavanderia de quitinete. E isso mudou. Está maior, mais completo e estiloso. E manteve o bom preço. São duas apostas tentadoras. Separamos aqui as versões automáticas e na faixa dos R$ 44 mil. Qual é a que merece sua garagem?
Comparativo 500 x Picanto
Alguns dos equipamentos que equipam o Picanto que avaliamos em primeira mão na Coreia (edição C/D 39) não cruzaram os mares. Controle de estabilidade, navegador com tela de sete polegadas, ar-condicionado digital, rodas de 15 polegadas... Todos ficaram de fora na planilha do Brasil.
 Mas um importante fato não foi esquecido: o Picanto é o primeiro carro com motor de três cilindros, flex, à venda no País. Só não é o primeiro três cilindros, pois na década de 50, um tal de DKW usava a configuração.
Comparativo 500 x Picanto
Os preços cumpriram a promessa: começam nos R$ 34.900 para a versão manual, já bem equipada, ou R$ 39.900 para o modelo automático de quatro velocidades, igual a esse que testamos. Para o embate, vamos falar da versão mais completa, que oferece teto solar, lanternas com LEDs, airbags laterais e de cortina, freios ABS e que custa R$ 44.900. É ela que briga com a versão Cult do Fiat 500, com motor 1.4 e transmissão automatizada de cinco velocidades, a R$ 42.990.

Pequeno

Confesso que esperava um carro maior – só o tinha visto por fotos. Maior que o 500, vale dizer. O fato é que as rodas de 14 polegadas, com baixos e estreitos pneus 165/60, o deixam ainda mais atarracado. Traz um design muito bem resolvido, no conceito Peter Schereyer de ser. Sem parecer um Audi, dessa vez. Tem personalidade e faróis gigantes, incrivelmente bem alojados na dianteira, num design harmonioso. Faróis de neblina, maçanetas cromadas e repetidores de pisca-alerta nos retrovisores são as senhas que mostram que o Kia não é nada simples.
Dentro, sou brindado, no lugar do motorista, com um espaço digno de Cerato e indiscutivelmente maior que o de um Gol. Bancos largos, espaço para as pernas de sobra, bem como para a cabeça. O volante de dois raios, ao contrário do que se imagina, não passa nenhuma sensação de simplicidade: tem boa pegada e espessura, é forrado de couro e traz botões de controle do som. Há a possibilidade de regular a altura do volante e do banco, mas não a profundidade do primeiro.
Os plásticos internos são os mesmos encontrados em qualquer outro Kia, como o Sportage – o que é bom – e os detalhes cinza trazem refinamento. O painel tem boa visibilidade, mas o computador de bordo não exibe dados de consumo. Como o Cerato e o Soul. O rádio é completo, com portas USB e de iPod, mas os alto-falantes não acompanham o ritmo e reproduzem o som tão bem quanto um celular.
Tendo o banco dianteiro ajustado para mim – 1,80 m – consigo sentar no banco traseiro com uma folga saudável de dois dedos do banco da frente. E minha cabeça fica numa distância segura do teto e das laterais. 
Três ficariam apertados aqui, mas dois viajariam incrédulos do conforto. Tanto espaço tem de ocupar algum lugar da enxuta carroceria. Sobrou para o porta-malas, de apenas 200 litros. Isso com estepe mais fino e que ocupa menos espaço.
Comparativo 500 x Picanto

Três, apenas três

Bom acabamento, espaço... E como anda? Aqui, é hora de te apresentar a um novo camarada, o moderno motor 1.0 de três cilindros, com comandos de válvulas variáveis na admissão e escape e bloco de alumínio. Já adaptado à cachaça nacional, ficou até mais potente: dos 69 cv originais, os engenheiros conseguiram extrair 80 cv. O número é muito bom, não? Só que a transmissão automática tira quantidade considerável de seu brilho.
Além do 0 a 100 km/h em apáticos 17,3 segundos, há dois hiatos: o ponteiro demora a subir dos 80 aos 100 km/h e estaciona por um bom período dos 110 km/h aos 120 km/h. 
Na reta de 1.800 metros da pista de testes de Limeira (SP), só ultrapassei os 140 km/h após sair lançado da curva, a cerca de 90 km/h, e não fui muito além: por nada neste mundo o ponteiro chegava aos 150 km/h. O ruído dos três cilindros é algo que pode ser chamado de diferente: não é áspero nem vibrante. A 100 km/h, é bem silencioso.
Como só pudemos avaliar o compacto na pista, usamos o trecho onde são aplicados ensaios de ruído para descobrir como ele se porta em asfaltos, digamos, brasileiros. A suspensão, bem calibrada para conforto, absorveu – naquela situação – as irregularidades. Vale dizer que foi mais silencioso que o 500.
 Em mudanças bruscas de faixa, a carroceria rolava com controle, apontando a frente e trazendo as rodas traseiras de forma natural à trajetória. Com um bom manejo da alavanca de transmissão – do tipo labirinto – era possível coordenar algumas reduções para atacar curvas, ainda que este câmbio não ofereça opção de trocas manuais.
A grande sacada do Kia é que ele é um carro pequeno, barato pelo que oferece e que se passa por premium sem nenhum esforço. Um carrão. Tanto que contra boa parte da turma dos compactos, ele cumpre sua função e surpreende. Já contra um compacto premium, como o 500... bem, continue lendo e entenda direitinho o que queremos dizer.
Comparativo 500 x Picanto
Sabe aquela sua amiga que foi passar um tempo fora, tipo mochila nas costas, e voltou com outra cabeça, mais madura e fácil de lidar? Esse é o 500. Para sua viagem aos EUA, o Cinquecento teve que amadurecer. Passou por provas duras de impacto, mudou sua forma de receber os passageiros e até alterou seus hábitos de consumo. Ganhou alguns retoques estéticos e foi encarar a América. 
Como passou a ser fabricado no México, a Fiat brasileira não perdeu tempo e também ministrou algumas sessões de terapia. O resultado é um carro praticamente novo sob vários aspectos, adequado para as rígidas leis de impacto americanas e preparado para o Brasil. E, o melhor, bem mais acessível.
Comparativo 500 x Picanto
Antes, colocar o 500 na garagem era uma tarefa que lhe custaria, no mínimo R$ 59.360, ou R$ 63.480, caso a escolha recaísse sobre a opção automatizada. Agora ele custa R$ 39.990 na versão Cult. E a versão automatizada – que usaremos aqui, R$ 42.990.
 Qual a receita? O primeiro pulo do gato da Fiat foi cortar gastos: o motor 1.4 8V Evo, de 88 cv, custa menos que o 1.4 16V de antes. E o melhor: é flex. Isso já fez o 500 descer um dos degraus. Mas o tombo na escada veio justamente do fato de o Fiat ser fabricado no México. E de se beneficiar do acordo bilateral entre os dois países, de isenção de impostos de importação (de 35%).

Ajustes

Só que as mudanças no 500 foram muito além dos motores (veja no quadro com o teste do outro motor, o MultiAir) e de uma redução de impostos. Para o Brasil, sua suspensão foi recalibrada. Ele ficou 1 cm mais alto, mas não perdeu a agilidade de cão Whippet graças a novas molas, amortecedores e barras estabilizadoras mais rígidas. Está mais amigável com o nosso piso lunar. As outras mudanças foram voltadas para os gringos, mas são benefícios que melhoraram o Fiat no total.
Pela lei americana, o 500 ganhou detalhes como luzes de posição âmbar nas extremidades e nicho de placa maior – a diferença é bem pequena. A principal mudança não é vista: ele ganhou 40 kg de reforços estruturais na traseira, para homologar o compacto nas duras provas de impacto exigidas pelos americanos.
 Isso é  para garantir a segurança dos ocupantes quando um carro se choca na traseira do 500 a 80 km/h - a norma europeia exige apenas 36 km/h num ensaio semelhante. O motivo é claro: evitar ferimentos naqueles engavetamentos intermináveis que você adora ver no Youtube.
Dentro, o 500 deixou de ser o carro da Barbie. O fato é: antes, dirigir o mini Fiat exigia corpo típico de modelo, sob pena de ver suas pernas e dorso sendo esmagados pelas abas laterais. E nem poderia ser muito alto, já que a regulagem de banco não permitia uma posição de dirigir muito baixa. 
Antes que você pense que a reformulação foi geral, saiba que a alteração foi bem mais simples: trocaram apenas as espumas dos bancos, que estão montados levemente mais baixos. É pouco, beleza, mas faz uma diferença absurda. Ganhase espaço para as pernas e para o corpo, bem como se melhora, e muito, a posição de dirigir. Aqui, agradeça ao trabalho que Ronald McDonald fez nas circunferências dos americanos.
Comparativo 500 x Picanto

Só para dois

Atrás, o 500 é um carro de dois lugares (e somente dois), ao contrário do Picanto. E o espaço para pernas e cabeça é bem menor. Tenho dois filhos pequenos. No 500, não encontrei dificuldades para passear com a criançada, nem de prender a cadeirinha da minha filha, já que o compacto possui ganchos do tipo ISOFIX. Mas não fui louco de chamar um casal de amigos para sair, sob pena de perder a amizade. É apertado. O porta-malas consegue ser ainda menor que o do Picanto, só 185 litros.
Os 8 cv de diferença, numericamente, não parecem tanto. Mas, na pista, os 10% extras de potência se transformaram em um tempo 19% mais rápido no 0 a 100 km/h: 13,7 segundos, contra os 17,3 segundos do Picanto. 
Para você ter ideia, o 500 terminava os 1.000 metros a 143,5 km/h, enquanto o Picanto passava no mesmo ponto a 136,2 km/h. Isso, 2,4 segundos depois. Na frenagem, a falta dos freios ABS no Picanto fez o Kia parar depois, e com mais cuidado, para evitar o travamento das rodas. O 500 foi superior pelos pneus mais largos e o ABS. Ainda bem que a Kia resolveu oferecer o sistema de última hora, nas versões mais completas, manual ou automática.
Na tocada, o 500 mostra suas vantagens. Embora a transmissão Dualogic esteja longe de ser um primor, caiu bem no compacto, ainda mais quando operada no modo manual. A suspensão não é tão arisca e dura como a anterior, mas manteve o Fiat ágil, com direção direta e rápida em respostas. A tecla Sport soma tempero, no conjunto, deixando a direção mais direta e a transmissão mais rápida.
O Kia é um ótimo carro, como falamos. Mas o fato é que o 500 subverteu a ordem quando chegou ao Brasil com esses preços. As duas portas extras e o maior espaço do Picanto podem pesar, mas é fato que quem compra um carro deste tamanho não pretende enchê-lo de gente. Usará o motor mais potente, a rede de concessionários ampla e ainda poderá ter muitos opcionais exclusivos do Fiat, como o sistema de som da Bose ou o teto solar panorâmico. E, de quebra, um carro mais divertido de dirigir.

Comparativo 500 x PicantoA pleno pulmão

O 500 também pode ser equipado com o motor 1.4 16V de 105 cv, o MultiAir. Nele, o controle das válvulas de admissão do motor é individual, por válvulas eletro-hidráulicas, conforme a necessidade do momento. O resultado é um controle mais preciso da queima, com ganho de desempenho e redução de consumo. Na pista, o 500 MultiAir manual (versão Sport, R$ 48.880) fez 0 a 100 km/h em 11,9 s. Na estrada, a 100 km/h, fizemos 16,2 km/l.

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